terça-feira, 16 de novembro de 2010

Perdemo-nos quando os seres visíveis nos desiludem e muitas vezes até nos perdemos de nós próprios, e então imaginamos e criamos seres que nos satisfazem para prosseguirmos a viagem…

O anjo negro desceu á cidade
Para contemplar todos aqueles
Que acreditam na escuridão
Chegou tarde
E foi cedo
Mas é nele que reside
Toda a nossa salvação
Os brancos habitantes
Ficaram indignados
Os negros
Ficam contentes
E bastante felicitados
Nós os escuros
Damos as mãos unidos
Formamos uma inquebrável corrente
Com os corações magoados
Tornamos a dor
Em força da morte
Todos os deuses que nos observam
Tentam-nos fazer parar
Mas a corrente que os ignoram
Os irá matar

Por todo o meu sofrer
Por toda a minha vontade de morrer
Luto com a minha alma
Para atingir a plenitude mais calma
Existente algures escondida
E nela me deitar
Cobrir-me com o lençol a sonhar
E a esquecer-me desta vida
A serenidade ingrata
Faz-me ficar farta
E sem pensar fujo
Pois não tem nenhuma graça
Roubares a minha esperança
E a esconde-la no teu pensar sujo
No redor da instabilidade
E na inconstante liberdade
Refugiaste da morte
Mas eu sou diferente
É por ela que procuro

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