quinta-feira, 11 de novembro de 2010

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As minhas velas secam
E o meu sangue
Pára de percorrer o meu corpo
Os batimentos do meu coração param
Vou a caminho do meu túmulo
O meu caixão
Está banhado com amargura
A terra molha-se á minha chegada
Aparece com muita ternura
O meu negro anjo e a minha fada
Chegou o esperado momento
Em que me torno igual a eles
Chegou finalmente a altura
De me encontrar
Dentro da felicidade deles
Para na eternidade
Poder passear
Atinjo o meu cruel destino
Contemplada com a minha morte

Tudo pára
Atingi o meu objectivo
Já encontrei o motivo
Pelo que escrevo sem parar
Mas não ganhei coragem
Para o cumprir
O motivo é a minha morte chegar
Para deste mundo finalmente partir
O meu coração está apertado
Os meus olhos já secaram

O meu peito sufocado
Onde as minhas veias já pararam
Ponho as mãos na cabeça
E tento encontrar a força
Dentro de mim
Mas ela acabou por me dar
Mais vontade de atingir o fim
Procuro a negra luz
Que me guie
Até ao céu
Para ver o anjo da morte

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