terça-feira, 23 de novembro de 2010

A morte muitas vezes é a última saída para a solução dos nossos problemas, que encontramos mas nem sempre é o último passo a tomar.
Quando tivermos a nossa missão cumprida nesta vida, aí sim estaremos prontos para partir para o outro…

Quando os espinhos
Das rosas do meu coração
Caírem por sentirem tanta dor
E quando ao meu chão
Chegarem
Para matarem
Todo o amor
As borboletas do meu peito
Se cansarão
E jamais irão
Voar novamente
As suas asas morrem com a paixão
E nas teias
Se aprisionam tristemente
A minha lua
Que me deixa nua
De tanto sofrer
Ele sangra
Ao colher os meus espinhos
Que caíram
Ela grita
Ao desprender as minhas borboletas
Que se aprisionam
Mas eu não me consigo libertar
Da maldição que é viver
Morro…

O cantar das aves começa de novo
Pelo meio
Das nuvens tão chuvosas
De receio
Elas escondem
Toda a verdade
E pelo céu sobem
Fugindo da maldade
Será que ninguém vê
Que o horizonte morreu
Será que ninguém lê
Onde o texto se escondeu
Será que ninguém nota
Que eu já não estou a respirar
Morri na última gota
Que ainda consegui chorar
Olá
Eu sou a tua mente a dar-te
Algo com quem possas falar
Olá
Eu sou o anjo da morte
Que desceu para te elevar
Juntos ao outro lado iremos chegar
Para na tua morte me contemplar
Procuramos paz e não nos deixam atingi-la e contra isso lutamos sem temer o que nos pode acontecer, seremos sempre o que a nossa alma nos ordena…

I
Tu que te perdeste da vida
E foges dela sem parar
Vês que a única saída
Existe em te matar
II
Tu que ninguém nem nada
No teu redor te aceita
Só pões a tua mente magoada
Onde só o sangue a enfeita
III
Tu que o sabor de viver
Te provoca a morte
Só pensas em morrer
Só pensas na pouca sorte
IV
Tu que neste mundo choras
Pela sociedade gritas
Pela mentalidade humana desesperas
E desta vida te fartas
V
Tu que jamais serás igual
A tua origem
Sobe em lutas contra o mal
E é a favor da tua margem
VI
Tu que paras o tempo
Sentes o momento
Vives no teu templo
Matas o sentimento
VII
Tu que te fartas de viver
Desejas partir
Necessitas de morrer
E alcançar a glória a sorrir
VIII
Tu que abandonaste este mundo
Que te sentes obscuro
E foges de tudo
Que te torna inseguro
IX
Tu que temes quem te ama
E foges do sentimento
Sentes o sangue que derrama
A força das veias em movimento
X
Tu que transformas o olhar
Fazes o bem e ganhas o mal
Passas a vida a chorar
Vês o ser humano como animal
XI
Tu que vives na solidão
Sentes-te sozinho sem ninguém
Refugias-te na escuridão
E buscas bondade em alguém
XII
Tu que desesperas sem parar
Vives na margem do além
Queres o outro lado alcançar
Para que possas ser alguém
XIII
Não estás sozinho
Porque eu estou aqui
Não te sintas perdido
E olha para mim
XIV
Ainda existem pessoas
Que encaram a vida como tu
Dentro da morte ficam encontradas
E se expressam no túmulo
Nós causamos o impacto para o qual desejamos causar. Um olhar pode mudar tudo em nós e mesmo em quem nos rodeia sejam conhecidos ou não.
Um sorriso pode mudar-nos a vida e pode também melhorar o dia de alguém próximo, cabe a nós utilizá-lo na altura certa para criarmos esse efeito que idealizamos. Temos de contrariar a vontade alheia de nos ver mal e a fracassar, sorrir quando nos querem ver chorar e ajudar a passar esta mensagem ao próximo.
Sorri para afastar a maldade que nos atinge de raspão…

Este é o meu mundo
No qual eu posso ser tudo
O que realmente sou
Onde tudo o que me interessa
Aceita-me como sou de verdade
Ele existe
Através do meu desejo
De liberdade e de libertação
Acentuo a minha escuridão
E de noite solto a intensidade
Do mistério da minha existência
Todos os movimentos corporais
Que te esgotam a paciência
São a minha libertação
E do prazer
Ao sair da teia
Onde me tentavas prender
Nessa tua prisão
Ao que chamas com satisfação
De tua vida
É por ela que eu sou
Tudo o que sou…

Vou descalça nos picos da tua rua
Imploro pela tua alma nua
Deixo um rasto de terror
Afasto o teu medo
Conto-te o meu segredo
E encho o teu peito com horror
Escondes-te das minhas trevas
Procuras nas tuas selvas
Mas nada consegues obter
O mundo prende-te
O sol queima-te
E eles só te fazem enfurecer
Esperas a tua salvação
Quando eu agarro a tua mão
Mas nada encontras
A minha paz faz-te acalmar
A minha palavra põe-te a chorar
E entras nas minhas trevas
Trevas da escuridão
Com toda a razão…
Nem tudo o que desejamos podemos ter ou ver concretizado mas podemos lutar sempre sem parar para obtermos.
Temos desejos e vontades mas por vezes não depende só de nós para isso…

Ameaças caem dos céus
Os seus raios expressam a amargura
Do anjo escondido por trás das nuvens
Coberto por cinco véus
Tenta se esconder
Tenta se tapar para não ver
Mas de nada vale
Lutou até não aguentar mais
Mas mesmo assim nada mudou
Chorou
Cada gota de chuva
E de raio
São os sinais
Que chegou o fim
E parou
A poesia já não acalma
A lua já não lhe dá esperança
O fogo queima a sua alma
E só em nós
Ele habitará na lembrança
Sois diferente
E ele ressuscitará em vós
Acabam as esperanças mas às memórias ninguém consegue apagar. A nossa imaginação e os nossos pensamentos ninguém nos arranca de dentro…

Na cruz
A minha vida se apaga
Na luz
A morte é alcançada
O meu corpo
Fica derramado na dor
O meu rosto
Preenchido de rancor
As mãos se unem
Sem motivação
Os meus olhos
Ficam invadidos
Por lágrimas de sangue
Vindas do coração
Passei para o outro lado
Lado esse desconhecido
Por toda esta sociedade
Tão diferente de mim
Que me rodeia no meu quotidiano
Tão duro
Que mal consigo aguentar
Entro no meu mundo
Mais puro
Só ele me faz feliz
E me diz
Para eu não parar de lutar
Venham comigo...
Grito
Grito cada vez mais alto
Mas ninguém me ouve
Até que a minha voz
Comece a doer
E fique presa no abismo
Deste ar tão caótico
Que tanto me faz sofrer
E fico ilesa
Ao sonho
De o tornar mais sereno
Para me conseguir mover
Respiro arduamente
Suspiro para me acalmar



Caminho tristemente
Sozinha a cantar
Quase nada que me rodeia
Me faz cantar
Mas é a faze-lo que fujo da teia
Que a sociedade me quer devorar
Sinto quando fujo
As estrelas a brilharem
E me motiva em vê-las
Para que elas
Nunca parem






terça-feira, 16 de novembro de 2010

Por entre tantos dias e tantas noites passadas dentro de um completo desespero, sempre sem encontrar a luz da salvação que me pudesse iluminar o caminho certo a seguir, para prosseguir livremente a viagem contínua da vida, e com a solidão ao rubro. Deparo-me então com a incógnita…


Eu quero seguir
E continuar a mostrar
A um mundo distante do meu
Quem eu sou de verdade
Voltar ao princípio
De todos os tempos
E no medo que perdi
Buscar a minha razão
Eu quero sorrir
E continuar a lutar
Pelo verdadeiro eu
Quem me dá liberdade
Sair do precipício
Que me bloqueia os pensamentos
E apaixonar-me por ti
Pois és a minha solidão

Meu corpo nu deitado
No nosso ninho de amor
Chora por esta solidão
Na minha mente
Só resides tu
Distante
E sem calor
Por ti implora o meu coração
O arrepio da minha pele
Significa a falta do teu toque
O quarto frio
E sem qualquer sentido
Também opina
E sem ti fica em choque
Os meus olhos cansados
Querem-se fechar
Mas não deixam os meus pensamentos
Que só contigo querem ficar
A minha mente voa
Mas o meu corpo não consegue voar
E toda a minha alma nua
Só a ti deseja amar
És o meu anjo negro
Por dentro vamos sempre morrendo aos poucos com os desgostos de todos os tipos, por fora vai-se notando cada vez mais. Quando nos acalmamos e precisamos de alguém do nosso redor e todos nos viram as costas, é aí que nos tornamos fortes e recorremos ao nosso mundo…

Vem entrar na irrealidade
Vem tentar fugir da verdade
Verdade essa tão triste
Tão deprimente
Onde nós os puros
Morremos a pouco e pouco
Por dentro
E tentamos dela fugir
Para ganharmos força
Para continuarmos a lutar
Unidos choramos
Juntos sangramos
Lágrimas de revolta
Mas toda a vontade de amar
Nos faz pensar
Antes de nos matarmos
Este sítio necessita de nós
Mas nós não necessitamos deste sítio
Não tenho medo da morte
Não tenho medo da passagem
Para ficar mais forte
Quero mudar-me para essa margem

Muros de traição
Invadem as ruas da tua prisão
A que eu chamo o teu mundo
Mas eu não
A minha paixão
Não me permite te trair
Tento me abstrair dele
Mas não consigo
Grito pela liberdade
Mas é a saudade
Que me desespera
Saudade da pureza
Que existe dentro
Da tua beleza
Pois só ela me dá esperança
E me faz continuar a lutar
E a não perder coragem