sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

MEU ANJO NEGRO

Õ choro do meu anjo mais querido
Cai pelo meu próprio rosto
Seu manto emocionado
Arrasta-se neste sofrimento infinito
O toque dele gela o ambiente
Por onde passa leva a dor
Consigo só a sua mágoa ardente
Queima esse mundo de rancor
É o meu anjo desejado
O espelho que reflecte o que sinto
Ele é deste mundo excluído
Meio causador de tanto sofrimento
Meu sangue ferve e o meu corpo percorre
As minhas lágrimas juntam-se a ele
A minha alegria a partir de hoje morre
Com o meu anjo quero encontrar o negro dele
Por entre tantos caminhos que vejo
Não consigo encontrar em nenhum
Procuro o frio da escuridão do meu anjo
Mas com a sua dor caminhou para sítio algum
Observo a abertura das suas asas lentamente
Como quem congela os seus próprios movimentos
Tudo parou ao atingir a minha morte
Encontro-me com o meu anjo sem ressentimentos
Atinjo a plenitude em mim escondida
No meu leito aconchego-o sem parar
O meu toque é a cura da sua ferida
E a força para não desistir de lutar

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