domingo, 6 de dezembro de 2009

CONTRADIÇÃO DO ESFORÇO part II

Este mundo está virado ao contrário e está repleto de desilusões e contradições…
VIII
Sim o meu corpo está tão cansado
Mas não para te dizer
Que sonho matar este mundo
Que desejo esta vida perder
IX
Não preciso de muito dinheiro
Graças ao esforço dos meus véus
Mas preciso do teu rancor sincero
E viajar nos imensos céus
X
Encontrar a tua paz sem voz
Paz que não é paz mas sim medo
Encontrado na alma acorrentada em nós
E apontada para o rosto do sossego
XI
Às vezes eu falo com a vida
E às vezes é ela quem me diz
Qual é a morte da tua alma
Que eu conservo para ser feliz
XII
Afinal que diferença faz
Estar quieto e sentado
A olhar para trás
A recordar o passado
XIII
E eu não quero ficar
A sofrer por esse leito
A ver o tempo passar
Tentar mudar o mundo injusto
XIV
Fui justamente eu que cheguei até aqui
Justamente eu que não sei mentir perfeito
E esforço-me tanto para fugir daqui
Alcançar na morte o meu leito

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